quarta-feira, 17 de outubro de 2012


A historia tradicional nos oferece uma visão momentosa e idílica da fundação da nossa republica. Nada mais longe da verdade: ela nasceu sob a égide de uma quartelada, perpetrada por homens pequenos e ingratos. 
Esse regime de governo foi escolhido pelos rebeldes não por suas qualidades, como descritas por Montesquieu, mas por seus defeitos, que permitiam a presença de um presidente com poderes somente obtidos por monarcas absolutistas. À presença de gabinetes monárquicos, eles instauraram uma camarilha  que procurava controlar todas as instancias do tripé republicano - legislativo, executivo e judiciário. E por alguns anos conseguiram. Mas ao fim e ao cabo, a Republica e suas virtudes venceram tiranetes e caudilhos. Não que esteja a salvo de todos os perigos que renitentes ainda tentam lhe afligir. É necessário estar sempre alerta, em vigília constante. Seus solapadores são muitos e infatigáveis. 
Nos últimos dez anos, um partido político vem tentando aninhar-se nos meandros das nossas instituições para minar qualquer resistência contra seu projeto de poder. Tentou de tudo e quase conseguiu tudo. A reação partiu do Supremo Tribunal Federal que em tonitruante voz diz NÃO à voracidade rapinas do grupelho de plantão.  
Agora há o voto e nesse momento é nossa vez de defender a República.