segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NELSON MANDELA

NELSON MANDELA

Aos 76 anos e logo após assumir como presidente da África do Sul,
Nelson Mandela disse: EU NÃO SOU O MESSIAS.
No entanto, ninguém nunca chegou tão perto. Agora aos 94 anos e
hospitalizado, recuperando-se de uma infecção pulmonar, resquícios dos
anos passados na prisão insalubre de Robben Island, Mandela verá sua
afirmação ser desmentida por toda uma nação.
O grande Madiba legou ao seu povo não só o triunfo sobre o apartheid,
mas o triunfo sobre o ódio e sentimentos de vingança, os quais seriam
vistos como "do jogo" por qualquer revolucionário. Não ! Depois de 27
anos de confinamento, ele foi em busca da reconciliação , por meio de
elaboradas negociações com as mesmas pessoas que o mantiveram cativo.
Preveniu, desse modo, uma guerra civil a qual teria custado a
dilaceração de todo o país. Foi naquele momento não um Messias , mas
um político cuja estatura e generosidade de espirito dificilmente
encontra par atualmente.
Sua qualidade maior , de olhar adiante , permitiu que ele construísse
uma ponte entre beligerância e uma sociedade compartilhada. De outro
modo: fez crível que a minoria branca e a imensa maioria negra
pudessem viver juntas depois de séculos de jugo, e miséria dessa
ultima. E , aí um pouco de Messias, que essa maioria , explorada,
vilipendiada e açoitada se aquietasse na sua fome por retaliação.
A história edificará o monumento Nelson Mandela com sua simetria
exata. A de um homem que veio para propor a paz..e conseguiu!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


A circularidade dos conteúdos... 
            A escola é uma instância que se esgota em si mesma. Existe para satisfação das próprias necessidades e prepara o aluno para a próxima etapa dentro dela mesma.
Com raríssimas exceções, a quase totalidade do conteúdo curricular oferecido pela escola, mormente em Língua Portuguesa, não encontra aplicação na vida prática em mundo pós-escola. Do ensino fundamental ao médio, nossos alunos são bombardeados com uma “nomenclaturização” absurda, decorada com o único propósito de satisfazer a testes propostos pela própria escola e prontamente esquecida assim que o vestibular é superado. Passar de ano virou sinônimo de memorização de elementos inúteis os quais só servirão se o aluno tornar-se mais um torturador – vale dizer, um professor. Na vida prática, quer o aluno vire um carpinteiro, quer torne-se um doutor em medicina, ele jamais, em momento algum vai precisar reconhecer e anunciar que: “Essa frase é uma subordinada substantiva objetiva direta”. Nem vai levar esse tipo de conhecimento em conta nas vezes, bem poucas, em que tiver de escrever um texto. Como resume  Geraldi [1], o aluno é instado a escrever somente para ultrapassar os obstáculos construídos pela própria escola: “Aprende-se a escrever na escola para a própria escola”. Mesmo que esse aluno torne-se um brilhante escritor, sua fluência e brilho criativo não vão depender da classificação da frase que ele utilizou, mas da forma como aprendeu a ler e escrever e da paixão de seus tutores pela leitura. Para se ter uma idéia do que essa mencionada memorização significa, basta dizer que em determinado ponto gramatical há a necessidade de decorar vinte e sete terminologias[2] sobre coordenação e subordinação para fazer uma prova com razoável grau de sucesso.
O ensino oficial distribui um conhecimento de tal monta circular que enreda o aluno em uma cadeia de memorizações estéreis que o impede não só de efetivamente  compreender e refletir sobre discursos, mas também o distancia da vontade de produzi-los, de tornar-se um agente. Nesse contexto, o plano de aula ideal deve procurar apresentar aos alunos do Ensino Médio as situações textuais que pedem coordenação ou subordinação. Evita-se a memorização estéril. A tentativa está longe, é claro, de inserir-se na didática do letramento situado apresentado por Bunzen & Mendonça[3] por ser muito difícil propor uma pratica social onde a exigência desse tipo de adequação sintática emirja naturalmente. Entretanto, o simples fato de apresentar o ponto gramatical em sua instância de uso pode facilitar ou até mesmo aguçar o interesse dos alunos.
A pessoa que possuir interesse em escrever, quer seja por razões individuais, quer  profissionais, vai enveredar por um caminho que exigirá muito esforço e criatividade. Aprender a escrever não é uma etapa, uma fase que se encerra com a entrega do diploma, mas tarefa de uma vida toda. Escrever demanda leitura, que demanda escrita... enfim, há um circulo virtuoso que eventualmente resultará em  um escritor competente se a esse círculo for acrescida uma dose de prazer. Como um aluno do ensino fundamental pode entrar nesse círculo? Certamente, ele terá pavor da escrita se deixar-se levar pela ênfase dada na escola ao seu aspecto normativo.            

... e seus efeitos na educação brasileira
Esse modelo normativo hoje utilizado é herança dos governos militares que assolaram nosso País por décadas e que atendia ao propósito de tornar mais seletivo o ingresso ao Ensino Superior, como notou recentemente o educador José Renato Polli em artigo registrado no Jornal de Jundiaí em sua edição de 03 de Junho do corrente ano. O intuito dos governantes à época era atender a interesses de classes bem definidos. O modelo adotado formou uma mentalidade que perdura por décadas, qual seja, a de que os estudantes devem ter os olhos voltados para a escolha de uma profissão, o que  tem desviado o foco da Educação Básica de preparar o jovem oferecendo-lhes perspectivas amplas.  Mas as ditaduras e suas máquinas de governo não necessitam apenas que os alunos estejam preparados para o mercado de trabalho; precisam, ainda mais, que geração após geração continue calada e sem opinião, totalmente sem espírito crítico e analítico, sem capacidade de tomar as próprias decisões e fazer as próprias escolhas. As ditaduras precisam de não-cidadãos para poderem se perpetuar.
A democratização que se seguiu pressupôs também a garantia de acesso ao conhecimento lingüístico tão necessário à formação da cidadania. Sem esse conhecimento, ou competência, como dirá Perrenoud, haverá sempre um não-sujeito, incapaz de se fazer ver enquanto portador de uma cultura, linguagem e experiências diversas porque não é agente da própria vivência. O responsável por formar uma consciência cidadã, de pertencimento, é o professor do Ensino Fundamental. A ele é dada a tarefa de romper os preconceitos lingüísticos e de construir o respeito às diferenças para que o aluno possa reconhecer certos mitos, como o de que só existe um modo certo de falar, e outros que parecem produzir cidadãos de primeira e de segunda classe.
Diferente da democracia legítima, os governos populistas são tão perniciosos quanto as ditaduras, pois se disfarçam em democracias. Com o objetivo claro de conquistar eleitores, nossos governos vêm investindo maiores recursos no ensino superior, justificando que é melhor para o cidadão fazer uma faculdade ruim do que não fazer nenhuma. Seria um grande avanço e motivo de orgulho para nosso país, se nossos bacharéis não fossem analfabetos funcionais.
Cada centavo investido no ensino superior será sempre mal gasto enquanto o ensino fundamental não for levado a sério. Pelo governo, pelos professores, pela família. Eis alguns indicadores sobre o ensino médio que demonstram quem são os alunos egressos do Ensino Fundamental e futuros universitários:
- O Brasil está em 54º. lugar em matemática, entre 57 países.[4]
- É o 49º. em leitura, entre 56 países.[5]
- 42,6% dos alunos da 3ª. série do ensino médio estão acima da idade adequada.[6]
- Apenas 24,5% dos alunos da 3ª. série do EM sabem o conteúdo de LP[7]
- 74% da população brasileira não consegue entender um texto simples[8]

O que fazer?
Infelizmente as ações necessárias para a melhoria do ensino no Brasil são de longo prazo, o que não interessa nada aos políticos, nossos governantes.
Estudiosos divergem em alguns pontos sobre como melhorar o ensino, mas o que absolutamente todos concordam é que precisamos de professores bem treinados. Mas como visto acima, os alunos que ingressam nas universidades para os cursos na área do Magistério chegam sem qualquer base e, após quatro anos, estarão graduados e ensinando um conteúdo que não dominam. É o que prega, também, Martin Carnoy, pesquisador americano dedicado a entender a educação no Brasil. Segundo ele:
Falta no Brasil entender o básico. Os professores devem ser bem treinados para ensinar – e não para difundir teorias pedagógicas genéricas. As faculdades precisam estar atentas a isso. Um bom professor de matemática ou de línguas é aquele que domina o conteúdo de sua matéria e consegue passá-lo adiante de maneira atraente aos alunos. Simples assim. O que vejo no cenário brasileiro, no entanto, é a difusão de um valor diferente: o de que todo professor deve ser um bom teórico.[9]

O jornal Folha de São Paulo[10] consultou dezessete pesquisas elaboradas por diversos institutos nacionais e internacionais e publicou uma matéria derrubando alguns mitos relacionados ao ensino e, mais uma vez, a questão do treinamento do professor reaparece:
1 – Salários: aumento de salário não tem impacto imediato na maneira como o professor ensina, já que esse docente não está bem preparado. No longo prazo, altos salários atrairiam os melhores alunos das Universidades para o magistério;
2 – Infraestrutura: sem ter professores preparados para utilizar as melhorias estruturais (tecnologia, teatro), dispor de recursos avançados não traz avanços no aprendizado dos alunos.
Mas professores bem preparados também não conseguem fugir da circularidade curricular, da ideologia e dos métodos de ensino impostos, muitas vezes já ultrapassados, como é o caso do pseudo construtivismo brasileiro. De acordo com Carnoy:
O construtivismo que é hoje aplicado em escolas brasileiras está tão distante do conceito original, aquele de Jean Piaget, que não dá nem mesmo para dizer que se está diante dessa teoria. Falta um olhar mais científico e apurado sobre o que diz respeito à sala de aula. É bem verdade que esse não é um problema exclusivamente brasileiro. Especialistas no mundo todo têm o hábito de martelar seus ideários sem se preocupar em saber que benefícios eles trarão ao ensino. Há um excesso de ideologia na educação.

Conclusão

É fato que uma parcela importante de nossos universitários são analfabetos funcionais. É assim porque tiveram uma péssima educação básica. O ensino básico é ruim porque os professores, egressos das universidades, não dominam o conteúdo que ensinam. Os professores não dominam o conteúdo porque tiveram uma péssima educação básica. E podemos continuar infinitamente com essas explicações, mas, mais importante, é apontar soluções.
Não podemos negar a influência do meio no processo de aprendizagem. O  ambiente familiar do aluno, sua comunidade, as (não) perspectivas de futuro, a desnutrição são todos fatores que afetam diretamente não só o interesse em aprender, mas a própria capacidade de assimilar informação. Mas a qualidade do professor de ensino fundamental é ainda mais determinante, principalmente se somada a um conteúdo curricular não-circular, direcionado a formar cidadãos.







[1] Geraldi, J.W. (org.) O Texto na Sala de Aula: leitura e produção. Cascavel: ASSOESTE, 1984
[2] Garcia Othon M. Comunicação em Prosa Moderna,m , FGV, 2004     
[3] Bunzen e Mendonça (org.) Português no ensino médio e formação do professor, Parábola, 2007
[4] PISA 2006 – Programa Internacional para Avaliação de Alunos, para estudantes de 15 anos. Fonte www.inep.gov.br
[5] Idem.
[6] Saeb  - Sistema de Avaliação do Ensino Básico – Fonte www.inep.gov.br
[7] Idem
[8] INAF – Indicador de Analfabetismo Funcional
[9] Revista Veja, Ed. Abril, edição 2132, 30/09/2009
[10] Folha de São Paulo, Caderno Saber, página C6, 09/11/2009

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


A historia tradicional nos oferece uma visão momentosa e idílica da fundação da nossa republica. Nada mais longe da verdade: ela nasceu sob a égide de uma quartelada, perpetrada por homens pequenos e ingratos. 
Esse regime de governo foi escolhido pelos rebeldes não por suas qualidades, como descritas por Montesquieu, mas por seus defeitos, que permitiam a presença de um presidente com poderes somente obtidos por monarcas absolutistas. À presença de gabinetes monárquicos, eles instauraram uma camarilha  que procurava controlar todas as instancias do tripé republicano - legislativo, executivo e judiciário. E por alguns anos conseguiram. Mas ao fim e ao cabo, a Republica e suas virtudes venceram tiranetes e caudilhos. Não que esteja a salvo de todos os perigos que renitentes ainda tentam lhe afligir. É necessário estar sempre alerta, em vigília constante. Seus solapadores são muitos e infatigáveis. 
Nos últimos dez anos, um partido político vem tentando aninhar-se nos meandros das nossas instituições para minar qualquer resistência contra seu projeto de poder. Tentou de tudo e quase conseguiu tudo. A reação partiu do Supremo Tribunal Federal que em tonitruante voz diz NÃO à voracidade rapinas do grupelho de plantão.  
Agora há o voto e nesse momento é nossa vez de defender a República.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Fale de si e aprenda um idioma!

A fala tem feito parte do cotidiano da humanidade já há no mínimo
dois milhões de anos. A escrita, entretanto, é bem mais nova. Nas
salas de aula para o ensino de idiomas, a fala (discurso)vem se
tornando a parte maior e a mais importante. Isso se deve a mudanças na
abordagem didática, onde a gramática e a tradução têm cedido lugar
para um modo mais comunicativo de ensino. Há um movimento no estudo de
línguas que parte da ênfase do ensino para uma ênfase no aprendizado.
Isso tem modificado o enfoque dado historicamente ao professor. A nova
tendência é a centralização no aluno. Por centenas de anos, os
estudantes foram vistos apenas como tabulas rasas as quais deveriam
ser preenchidas com conhecimento pelos professores. A visão agora
apresentada é a de que os alunos chegam ás suas carteiras possuindo
conhecimento prévio e percepções únicas sobre o mundo à sua volta, que
devem ser explorados e utilizados como ponto de partida na construção
do aprendizado. Se as pessoas que se dispõem a aprender são motivadas
a partir do seu nível de conhecimento, obtêm oportunidades de
desenvolvimento maiores e mais consistentes. Essa constatação se
verifica mais fortemente no ensino de línguas, onde situações
comunicativas reais surgem espontaneamente, quando se discute, por
exemplo, como foi o final de semana do aluno. Já que o aprendizado de
uma língua estrangeira deve conter a habilidade comunicativa,
situações em que ocorram cenários comunicativos reais devem
prevalecer. É por meio da conversaçao, além de alguma escrita e alguma
leitura, que os alunos têm a chance consistente para desenvolver sua
oralidade na lingua-alvo e ao mesmo tempo ganhar confiança no uso
dessa segunda língua. Cabe ao professor em sala de aula prover
situações que promovam a oralidade e ajudem as lições tornarem-se mais
interessantes e animadas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Alô? Sou eu! 

Thomas Edison inventou muitas coisas, mas certamente não inventou o telefone. Alexander Graham Bell é o autor do aparelhinho onipresente em nossos dias. Ainda assim, o senhor Edison meteu lá o bedelho: é dele a idéia de usar o famoso "alô" como saudação ao telefone. A saudação proposta por Bell, "ahoy", derivada de cumprimento marítimo, não encontrou boa acolhida entre os futuros usuários do brinquedinho. 
A palavra sugerida por Edison já existia havia séculos e era usada em caçadas para chamar a atenção de um ou outro participante. Pegou! Alias, o inventor da lâmpada tinha meses antes gravado a expressão para testar uma nova invenção: o gramofone. O primeiro registro fonográfico que se tem noticia não foi, ao contrario do que se diz, " Maria tinha um carneirinho" , mas um prosaico "alô". 
Por falar em invenções e saudações, hoje é o dia dos solteiros. Que tal pegar o telefone e dizer um alô para alguém em especial e ver se a data no ano que vem passa batida?

quarta-feira, 27 de junho de 2012



Vamos parar de fazer lavagem cerebral nas crianças


Recentemente, uma criança, de pouco mais de 4 anos, foi sequestrada quando acompanhava seus familiares em um culto evangélico. Coisa terrível, sem sombra de dúvida. Mas a pergunta que me faço é a seguinte: que fazia uma criança nessa tenra idade em um lugar que de tanta gritaria assusta até a mim?
Esses locais, templos de todas as denominações, servem a vários propósitos e o mais pernicioso deles é o de doutrinar infantes.
É impossível esquecer episódios terríveis de fanatismo que encontram suas origens na doutrinação de crianças. A religião é como droga: em doses controladas nao causam tanto mal, mas em grande quantidade quase sempre é fatal. Claro que entendo ter sido a religião um bálsamo para milhões de pessoas por milhares de anos para agruras devidas ao seu tempo. O que nao me entra na cabeça é ver menininhos de seus 3 anos por ai entoando a pleno pulmões "o sangue de cristo tem poder". E vá você dizer às seus pais que isso é doutrinação infantil: ficarão possessos e vao tecer acusações de endemoninhado e etc. 



















Argumente que quando se ensina um único viés de um assunto amplo para uma pessoa está se doutrinando e rapidamente virão com o "imbatível" contra-argumento  de que como pais eles tem o direito de decidir sobre que tipo de educação e valores querem transmitir aos seus. E isso é inconteste. Nao estou aqui discordando - só lamentando. 
Eu poderia dizer que na Grécia Antiga outros deuses eram socados goela abaixo dos jovens.  Hoje é Jeova, Deus, Maome e congêneres. Mas ao seu modo gritariam em resposta algo do tipo "Deus é unico", "Deus é fiel" porque eles também sao resultado de lavagem cerebral. Como eu poderia fazê-los ver que costume nao é uma razão valida para se manter um dogma? 
O que quero dizer, na verdade: lugar de criança nao é onde  adultos fanatizados gastam seu tempo gritando palavras sem sentido, mas em escolas ou em parques infantis. Nao garante que ela estará a salvo de violências ou sequestros, mas certamente estará mais preparada no futuro para ser feliz - que é , eu espero, o desejo dos seus pais!            
  
               

segunda-feira, 25 de junho de 2012













O Paraguai continua o mesmo. Nao vamos mudar.


O Senado paraguaio destituiu seu presidente por uma ampla maioria de
votos , 39 a 4. Todos os políticos envolvidos falam da situação
absolutamente constitucional e da decisão soberana do Parlamento.
Entretanto , países vizinhos , arautos da democracia, Venezuela,
Argentina, Equador e Bolívia recusam-se reconhecer o novo governo.
Acusam a direita de ter desfechado um golpe de estado disfarçado
contra Fernando Lugo .
A verdade é que mudam-se as formas, mas nao a substancia. Quando um
governante, qualquer um, altera as regras do grupo dominante, o
resultado é que esse mesmo grupo vai aproveitar a primeira
oportunidade que houver para fazer desaparecer as ameaças aos seus
privilégios. Vamos recordar que apenas 1 por cento da população do
Paraguai é dona de 80 por cento das terras de plantio do país. Isso é
o mesmo que dizer que 354 famílias são proprietárias de todo o
território. Como 42 da população vive na zona rural, temos um
contigente enorme de pessoas dependentes dos humores de algumas
centenas. Quando um grupo armado de campesinos matou 6 policiais e
esses , em resposta , aniquilaram outros 11 seres humanos, o sinal
estava dado para o aviltamento dessa terrível situação agraria.
O que parece nao compreender nossos arautos de ocasião, é que se
decidir se foi golpe ou deposição legal agora resulta inútil. O que
houve foi uma reação do poder e da propriedade estabelecidos naquelas
terras ha decadas contra uma forma de futuro desconhecida.
Recapitulemos: Fernando Lugo foi eleito em 2008 por toda uma sorte de
circunstancias alheias à sua própria pessoa. Era uma aposta útil do
Partido Liberal Radical Autentico para apear da presidência o Partido
Colorado, que detinha o mando desde sempre. Uma briga de cachorro
grande, portanto. O pobre e, parece, "amoroso" bispo aconteceu de
estar ali, sem partido e sem força. Um acabado fantoche, até o
momento em que acharam por bem manda-lo para casa. Digamos então que
nao foi golpe - foi uma reacomodação. E se antes de Lugo, aceitávamos
aquele governo como legitimo, temos de fazer o mesmo agora.

quinta-feira, 24 de maio de 2012



















Los Angeles copia Jundiaí


Los Angeles abraça a causa ecológica e proíbe o uso de sacolas
plásticas em supermercados. O conselho da cidade aprovou uma lei que
vai retirar as sacolas dos mais de sete mil estabelecimentos da cidade
nos próximos doze meses. A medida foi adotada mediante a pressão de
vários grupos de luta pelo meio-ambiente e capitaneada pela atriz
Júlia Louis-Dreyfus, a Elaine do extinto seriado "Seinfeld". Eles
esperam agora que a atitude seja seguida por todo o estado da
Califórnia.
No Brasil, a pioneira nessa luta foi a minha cidade , Jundiaí, que
teve seus passos logo seguidos por todo São Paulo.
Tanto lá quanto cá, os meio-ambientalistas pretendem que se reduza o
impacto sobre rios e oceanos e que se enterre para sempre o problema
da lenta decomposição apresentado pelo material plástico. A
alternativa ao seu uso, no entanto, ainda é uma incógnita, em ambas as
cidades. Mas, diferentemente de Jundiaí, a cidade norte-americana tem
um dos piores índices de contaminação do solo do mundo, sem mencionar
um dos piores sistemas públicos de transporte dos Estados Unidos.
Talvez isso possa explicar o porque a medida tenha recebido quase
nenhuma contestação. A solução, segundo a maioria dos angelinos, tinha
de começar por algum lugar. Só fico um pouco chateado por não terem
dado o devido credito à nossa querida Jundiaí e estarem chamando a lei
de pioneira. De um modo ou de outro, estamos fazendo história.

terça-feira, 22 de maio de 2012




                                               Discurso Vazio

Ontem foi o azeite e o chå. Hoje, o arroz e o café. Nas ultimas semanas, tem sido comum encontrar cartazes em frente dos supermercados de Buenos Aires  anunciando  a falta de um ou muitos produtos. Os de priemeira necessidade ¨só sao vendidos uma ou duas unidades por familia.
Para muitos economistas, isso é resultado direto da politica de controle de preços colocada em pråtica pelo governo de Kirchner. A medida estaria obrigando os diferentes pontos da cadeia industrial a reter a produçao por temerem o custo dos implementos. Os defensores da medida alegam que não está havendo um controle oficial de preços, mas sim reunioes informais para a negociação de valores.
A militancia organizada junta-se aos blogueiros chapa-branca para acusar os grande oligopolios e os pequenos distribuidores de estarem segurando o estoque para forçar uma alta artificial de preços.
Mas o que hà de fato é que a politica econômica de Cristina Fernandez Kirchner nao tem conseguido ampliar ou mesmo manter o nível de ofertas de produtos. Seu populismo só tem gerado greves, crises e controvérsias. A expropriação de bens e o consfisco de ativos afugentam investimentos externos, agravando o quadro. A nacionalização da Repsol constituiu-se em ato demagógico e prejudicial. Ainda assim, ha aqui no Brasil muitos tolos aplaudindo a valentia da peronista. Só falta pedirem para a nossa outra presidenta resolver copia-la 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012




CHE NÃO MORREU!
O mês de janeiro  deste ano trouxe dois fatos que geraram muitas controvérsias no Estado de São Paulo em particular e no Brasil em geral. O primeiro foi a desocupação de uma área na cidade de São Paulo conhecida como cracolândia e ocupada há anos por viciados em crack. Lá, havia a venda e o consumo da substancia a céu aberto, assim como a abordagem de pessoas pelos dependentes químicos em busca de alguns trocados para alimentar o vicio. A região era ou ainda é evitada por muitos cidadãos com receio de serem atacados . A policia , segundo pessoas ligadas a movimentos sociais, cumpriu a ordem de retomada com extrema violência e  abuso de direitos civis. O segundo foi a desocupação de um terreno em São Jose dos Campos o qual havia sido ocupado por famílias de sem tetos desde 2004. Novamente , movimento sociais acusam a policia de truculência no cumprimento de ordem judicial  para a desocupação do imóvel. A palavra massacre foi dita varias vezes , mesmo que até agora não tenha havido mortos na operação. Massacre, de acordo com vários dicionários , significa assassínio em massa.
A lista dos nomes dos movimentos sociais e organizações que gritam violência , massacre , abuso, é extensa , com mais de setenta nomes, e todas eles possuem alguma ligação com um tipo de esquerda instalada no País. Alguns nomes:
Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura (ACAT-Brasil)
Associação Sem Teto da cidade de São Paulo (ASTC-SP)
Barricadas Abrem Caminhos
Campo Debate Socialista
Fórum de Juventudes RJ
Marcha da Maconha – SP
 Coletivo Desentorpecendo a Razão
Esse ultimo não se contenta em bradar suas insatisfações. Tem convocado seus membros para intervir em  eventos públicos das agendas das autoridades políticas do Estado para depredar bens privados e públicos, hostilizar  e  mesmo agredir quem eles julguem inimigos das causas as quais defendem. Essas causas , entretanto, são difíceis de compreender porque ou não têm realmente conteúdo ou não estão divulgadas de maneira racional. O grupo de pessoas que bradam essas algaravias compõe-se de estudantes profissionais e mao-de-obra contratada. Muitos vestem camisetas com  dizeres que remetem a levantes, tais como  intifada palestina , ocorridos em outros países. Camisetas ostentando a clássica imagem de Che Guevara são a maioria. Chegam aos locais dos eventos e provocam tumultos planejados e com métodos à semelhança dos que antecederam a instalação de regimes totalitários. Imaginá-los com mais do que ovos nas mãos é um verdadeiro desafio para a democracia