quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Terroristas Atacam os Fracos







A despeito de esforços conjuntos entre nações, o grupo terrorista autointitulado Estado  Islâmico, ou E.I. , continua devastando sociedades no Oriente Médio. Isso se deve ao fato de que terroristas podem atacar em  qualquer lugar e a qualquer hora, sem compromisso com nenhuma regra que a civilização possa ter formulado ao longo de milênios. São selvagens carniceiros dotados de impeto assassino. Ainda assim, muitas pessoas ao redor do mundo se recusam a admitir o obvio. Mesmo Israel demorou para enxergar  o fato de que não há dialogo possível. Desde sua fundação, o estado judeu tentou negociar com seus vizinhos uma paz baseada na racionalidade e no Direito Internacional. Em vão! Enquanto uma nação organiza um exército regular, grupos como o E.I.  usam pessoas robotizadas para se explodirem e aniquilar tudo em volta.
Só o que se pode fazer é tornar mais difícil a vida dessas granadas ambulantes. No país de Yitzhak Rabin, o homem das palavras, andar armado tem se tornado uma estratégia cada vez mais usada para fazer frente às ameaças sorrateiras. 12% dos adultos já carregam armas e o numero aumenta. E essa medida, o porte de armas, é vista por muitos como unica alternativa para os judeus na Europa não serem abatidos sem reação alguma, iguais codornas num dia alegre na bretanha.
O uso legal de armas de fogo é restrito ao máximo em países com alta taxa de homicídios. Em próximo post, voltarei a falar disso.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Setenta Anos E Mais Um Dia



O aniversário de 70 anos da libertação dos prisioneiros de Auschwitz pelo exército americano vem acompanhado de uma constatação: mesmo os maiores horrores não resistem à memória. Maior crime jamais perpetrado contra um povo, o  Holocausto, ou sua lembrança,  só resiste nas lagrimas dos poucos sobreviventes e em cerimonias cada vez mais raras. Uma pesquisa realizada com 53.000 pessoas revelou que 46% delas nunca sequer tinham ouvido falar da barbarie. Uma percentagem que aumenta e muito entre os jovens. Para muitos adolescentes, o nome do campo de concentração nada mais é que um tipo de cerveja.
O respeito que 6 milhões de mortos deveriam suscitar parece que também vai diminuindo. Na moda do selfie, está deixando de ser estranho ou raro ver fotos de rostos sorridentes tendo como pano de fundo os fornos crematórios. Esses mesmos fornos que transformaram em cinzas milhões de seres humanos cujo único crime foi ser inimigos involuntários do regime da época.  Professavam uma fé diferente do ditador de plantão.
A europa e também o mundo precisam reavivar a dor dos sobreviventes e causar consternação em todos os outros. Somente com a garganta assombrada pelo crime horrendo nós seremos capazes de prever, identificar e combater os novos fascistas, aqueles que não reconhecem o direito inalienável do homem à diversidade. Setenta anos são migalhas do tempo no altar da reverencia que devemos ao nosso melhor juízo.
           

sábado, 3 de janeiro de 2015

Dilma e o Discurso




O discurso de posse para o segundo mandato de Dilma Rousseff foi lastimável. Genérico o bastante para beirar o vazio, esgueirou-se em retórica para evitar tocar nos assuntos prementes da Nação. E quando minimamente o fez, foi para culpar os outros, como sempre. Petrobrás? Culpa dos "inimigos externos".  Educação péssima? Não ! A pátria é "educadora". Mesmo na área econômica  a presidente  frustou expectativas e não mencionou a nova equipe e seus desafios. Até porque isso seria reconhecer o grande fracasso da gestão passada. Dê-se o desconto que não era hora de falar das medidas impopulares que já estão em andamento, mas em momentos de crise uma liderança firme e realista sempre traz mais tranquilidade do que uma que insiste em negar os fatos. E nega com uma veemência absurda. Chegou ao ponto de declarar que a divida liquida havia diminuído, sem no entanto dizer que isso se deveu à manobra contábil. Mas o debito está lá: a divida bruta aumentou ... e consideravelmente.
Um outro ponto do discurso que causou constrangimento, pelo menos em mim, foi quando ela fez de novo o juramento de jamais mexer nas conquistas dos trabalhadores, dias depois de ter enxugado dezoito bilhões de reais desses próprios trabalhadores. E mais virá por aí. Já se sabe que a economia das contas publicas terá de ser da ordem de cem bilhões de dólares para ajustar os números.
Alguém acredita que isso será feito sem sacrifícios?