terça-feira, 11 de setembro de 2018

Dinheiro dos outros





Desde a redemocratização, uma ideia reinou absoluta no País: os militares do golpe eram representantes da direita e só a Esquerda,em maiúscula, traria a redenção. Ela veio, se instalou e há quase 30 anos dá as cartas na política, na economia e na cultura - área em que seu reinado é ainda mais longo. Começou com Fernando Henrique Cardoso e ganhou musculatura nos governos Lula e Dilma. 
O bolsa-gás, bolsa-leite e outros bolsas de FHC eram a fresta de entrada para o pensamento de que a população mais carente é incapaz e necessita que alguém lhe ponha a mesa. A ampliação dos programas com o bolsa-família de Lula sinalizou para a política do acampamento:é só chegar que o lanchinho será servido. Ambiciosa, Dilma quis dar a energia elétrica também. A bondade com o chapéu alheio tem um preço.
Para sustentar todas essas benesses, o Estado teve de por a mão no bolso. Quando o encontrou vazio, recorreu a empréstimos -governo FHC; ampliou a dívida interna- governo Lula; e tentou as pedaladas fiscais -governo Dilma. O resultado é que gasta-se muito mais do que se arrecada. O rombo nas contas públicas chega a 150 bilhões de reais por ano.
Como uma vez disse Margaret Tatcher, não existe dinheiro público. Existe o recurso do contribuinte arrecadado por meio dos impostos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário