Inegavelmente, os padrões de vida têm aumentado no mundo ocidental. Vive-se melhor do que cinquenta anos atrás. O problema é que esse aumento vem acompanhado de um declínio nas taxas de natalidade na maioria dos países desenvolvidos. Isso pode acarretar varias dificuldades, que incluem crescimento econômico não-sustentável - devido a falta de mão-de-obra.
Varios governos têm implementado políticas de incentivo para o aumento do numero de nascimentos em seus países. E muitas dessas medidas visam encorajar os casais a terem mais filhos para terem uma vida mais significativa. Está implícito nessas campanhas que a razão para as pessoas não terem filhos é uma visão materialista da vida e preocuparem-se mais com prazeres mundanos, prazeres que envolvem puramente o egoísmo individual e o medo de perder noites de sono por causa do choro de bebês. Pode até ser verdade, mas certamente há outros fatores em jogo na baixa natalidade. O que me vem à cabeça de pronto é o maior nível de educação , um maior uso das tecnologias disponíveis para contracepção e a ideia de que , como vivem mais, a paternidade pode esperar um pouco mais.
O mundo está mesmo ficando mais rico, com crescimento econômico e avanços tecnológicos reforçando a sensação de um melhor padrão de vida. É mesmo verdade que as pessoas estão mais materialistas e não surpreende ninguém que os jovens hoje em dia estejam preocupados mais com suas carreiras e bolsos do que com a família. A noção de que o dinheiro ocupa corações e mentes das pessoas parece evidente e pode ser ilustrada pelos recentes números divulgados na Inglaterra. Lá, o total de nascimentos em 2011 foi algo em torno de 800 mil crianças. E 200 mil eram filhos de imigrantes. Isso é 1/4 dos recém-nascidos. Aqui chegamos ao verdadeiro cerne da questão: o problema não é a futura falta de trabalhadores - a tecnologia resolverá isso. A ameaça consiste em que o OCIDENTE tem diminuído sua taxa de natalidade, mas o oriente, junto com a Africa, apresentam estatísticas firmes quando se trata do nascimento de bebês.
Li em algum lugar que em 40 anos a França deixara de ser gaulesa para tornar-se uma nação de muçulmanos, se o aumento do numero de imigrantes e filhos de imigrantes mantiver nos ritmos atuais. A ideia de uma civilização que desenhou a democracia e seus valores e alicerça elementos caros à humanidade tende a desaparecer. Sei que os hamburgueres e as comedias românticas americanas parecem estar em todo lugar. Entretanto, cada vez em mais lugares no planeta pessoas ajoelham-se em direção a Meca 5 vezes por dia.
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