quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O DEVER DE CADA UM








O dever de todos

As eleições terminaram. Agora,vencedores e vencidos precisam abaixar a bola e pensar unicamente na nação. Cabe aos nãos eleitos respeitar os resultados e exercer com responsabilidade o papel de oposição. Já para os que conquistaram o pleito, resta confeccionar discursos de posse que apaziguem os ânimos. As desavenças devem ser esquecidas e creditadas ao calor do momento eleitoral.

A atitude do candidato derrotado duplamente, Sr. Boulos, de ameaçar ir para as ruas e invadir e fazer barulho e coisa pior em nada contribui para conseguir o que , imagino, todos queremos: um ano de 2019 pujante economicamente e tranquilo no que diz respeito à normalidade do dia a dia. Além do mais, ele deveria fazer um exame de consciência para constatar que seu partido não amealhou votos suficientes que o formalizasse como o arauto da oposição , afinal de contas. Como disse um outro cientista politico , quem é ele na fila do pão ?

Aos vencedores cabe a responsabilidade maior. Venceram no voto e legitimamente consquistaram o direito não de destruirem por completo seus opositores,  mas o de governar estados e o País. Para isso , vão precisar de ânimos serenos e muito trabalho, alem da colaboração de todos. Ameaçar fechar jornais ou dar tiros a esmo dificilmente poderá contribuir para a saída do atoleiro em que todos estamos.

Em suma, governo e oposição têm papeis muito bem demarcados para os próximos anos. Ao primeiro, caberá trabalho duro e incansável para costurar os compromissos políticos necessários às reformas. Para o segundo, resta o papel nem um pouco menor de vigiar e denunciar excessos e principalmente de propor alternativas.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Dinheiro dos outros





Desde a redemocratização, uma ideia reinou absoluta no País: os militares do golpe eram representantes da direita e só a Esquerda,em maiúscula, traria a redenção. Ela veio, se instalou e há quase 30 anos dá as cartas na política, na economia e na cultura - área em que seu reinado é ainda mais longo. Começou com Fernando Henrique Cardoso e ganhou musculatura nos governos Lula e Dilma. 
O bolsa-gás, bolsa-leite e outros bolsas de FHC eram a fresta de entrada para o pensamento de que a população mais carente é incapaz e necessita que alguém lhe ponha a mesa. A ampliação dos programas com o bolsa-família de Lula sinalizou para a política do acampamento:é só chegar que o lanchinho será servido. Ambiciosa, Dilma quis dar a energia elétrica também. A bondade com o chapéu alheio tem um preço.
Para sustentar todas essas benesses, o Estado teve de por a mão no bolso. Quando o encontrou vazio, recorreu a empréstimos -governo FHC; ampliou a dívida interna- governo Lula; e tentou as pedaladas fiscais -governo Dilma. O resultado é que gasta-se muito mais do que se arrecada. O rombo nas contas públicas chega a 150 bilhões de reais por ano.
Como uma vez disse Margaret Tatcher, não existe dinheiro público. Existe o recurso do contribuinte arrecadado por meio dos impostos. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Tombaugh faz sua ultima viagem!




                            Na data de hoje, por volta de 9:00 da manhã, a sonda New Horizons chegou o mais próximo possível do mais externo dos planetas ( eu sei , eu sei: há a reclassificação! ) , Plutão. Seu descobridor também. As cinzas de Clyde Tombaugh, morto em 1997, estão a bordo do pequeno aparelho e devem sumir junto com ele nos escuros do espaço profundo. Nada mal para um garoto que viu suas chances de ir estudar astronomia desaparecerem depois de sua família perder toda a safra da fazenda devido a uma tempestade. Mas a calamidade só atrasou o sonho. Ele perseverou e descobriu mundos. Justa homenagem.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Nove de Julho precisa anexar o Brasil



Hoje é 9 de Julho. Nessa data, em 1540, Henrique VIII celebrava a dissolução do seu casamento com Ana de Cleves para aventurar-se em novas núpcias. Nesse mesmo dia, mas em 1810, Napoleão anexava oficialmente os Países Baixos ao seu império, que não duraria. Em 1816, a Argentina proclamava sua independência da Espanha, para tornar-se peronista até os fins dos tempos, ao que parece. Já em 1887, guardanapos foram usados pela primeira vez, em um jantar.
Não menos importante, hoje também é a data que se comemora a Revolução Constitucionalista, movimento armado que procurou derrubar o governo provisório de Getulio Vargas e promulgar uma nova constituição para o Brasil. Veio em resposta ao ano de 1930, quando cessou a autonomia dos estados.
Data cívica a mais importante do calendário paulista,   ela celebra a luta que se prolongou por 87 dias e deixou mais de 900 mortos. Ao fim do conflito, os paulistas depuseram as armas, derrotados militarmente. Então , começou a guerra que de fato traria a vitoria: a das palavras! Thomas Skidmore,  historiador e brasilianista, diz com precisão que "desprovidos de armamento, os paulistas revidaram com palavras". No mesmo ano da submissão, 1932, a industria editorial paulista publicou 177 títulos. Desses, 30 versavam sobre o episódio recém findo e cem por cento dos seus conteúdos procuravam mostrar como essa brava gente havia, na verdade, vencido. No ano seguinte, mais 40 volumes foram produzidos para veicularem a mesma mensagem de jubilo. Até o ano de 1938, mais 84 livros chegaram ao publico. Funcionou: pouco tempo depois, o Estado voltou a ser governado por um paulista, e em 1934 uma nova constituição foi promulgada.Pena que não tenha durado. Em 1937 Getulio dá um novo golpe e instaura o Estado Novo. E também lança mão de textos, produzidos por seus intelectuais, para esvaziar de sentido os acontecimentos de 32.
Tudo isso teria sido diferente se São Paulo tivesse conseguido aglutinar em torno de si outros centros urbanos da Federação. Entretanto, as exigências de reforma constitucional se misturaram e se confundiram com uma tentativa de separatismo regionalista, o que afugentou eventuais aliados. E para não perder mais simpatizantes à nossa causa, que é de ser sempre contra a tirania, não devemos nos desmobilizar: a guerra das palavras continua. Precisamos sempre manter acesa a chama que ilumina o monumento aos preceitos liberais que nortearam o chamamento ao combate. Porque senão, eles conseguirão fazer do divorcio de Henrique VIII um acontecimento mais importante. Ou do lançamento do guardanapo, quem sabe! Lembremos:  é feriado só em nosso Estado. Fora daqui, eles nem sabem o que é 9 de Julho.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dilma na corda bamba

<p>Se Dilma Rousseff quiser manter seu mandato terá de vencer pelo menos três batalhas. A primeira é ver aprovadas as contas de 2014. Depois, terá de assistir ao julgamento pelo TSE da ação movida pelos tucanos contra a sua chapa por crimes eleitorais. E por fim, terá de explicar as pedaladas fiscais também no atual mandato. Tudo isso pode levar tempo. Mas alguns, aecistas em sua maioria, apostam que todo o rito não consumirá mais que </p>

<p>semanas ou poucos meses. E apostam também que a presidente vai perder pelo menos uma das contendas, o que já bastaria para deixar o cargo. </p>

<p>A situação, como se vê , não é nada boa. Para que suas contas não sofram rejeição, ela terá de apelar para Michael Temer e torcer para que ele consiga juntar o maior número de pemedebistas possível em seu favor. E precisará torcer para que o preço seja pagável. O PMDB , como se sabe, nunca faz nada de graça.<br/>
É muita aposta, admitem até mesmo os mais aguerridos dos petistas!</p>

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Termina a Greve que Casava Insensatez com Interesses Escusos






"vamos parar de paralisar, pessoal"

Assembleia no vão do MASP decide acabar com a greve dos professores, que já durava mais de 90 dias, a maior da historia até aqui. O movimento grevista, composto de não mais que 5% do total de professores no Estado, foi convencido a terminar a paralisação  por um argumento muito forte: 3 meses sem receber salários! Alem de esvaziarem as salas de aulas e ocuparem as ruas, os companheiros estavam certos de fariam isso com os contracheques nos bolsos. Isto é, eu, a senhora e o vizinho iríamos pagar para um grupo de pessoas andar pelas ruas de São Paulo pedindo o impossível ao secretario de educação: 75 % de aumento, mais isso e mais aquilo. Lembrando que o ultimo aumento da categoria ocorreu há 7 meses e foi da ordem de 45% , fica fácil identificar um viés partidário na coisa toda.  A presidenta da Apeoesp, Maria Noronha do Rosario ( ela faz questão de ser chamada assim) é ligada ao PT e é useira e vezeira em criar factoides para  desestabilizar o Palácio dos Bandeirantes. Foi longe demais dessa vez.
Não conseguiu a adesão que imaginava, nem teve a simpatia da população. Pelo contrario, 10 em cada 10 paulistas se mostram descontentes com os poucos professores que cruzaram os braços e soltaram as pernas nos pavimentos públicos. O mais engraçado é que ultimamente nem entre esses mesmos havia uma unanimidade. Na ultima assembleia antes da de hoje, os participantes entraram em confronto com socos , paus e pontapés, protagonizando um espetáculo triste de se ver. O resumo da patuscada é que a associação sai com a imagem abalada - mais abalada, se isso é possível. Aos 95% dos trabalhadores que não aderiram, fica a dica de tomarem, por vias democráticas , é claro, as rédeas dos órgãos  que os representam e tira-los das mãos de interesseiros que não têm em mente o bem-estar dos seus membros, mas tão-somente escorar siglas partidárias com problemas.  

Palmas Para O Ex-Tesoureiro


O Partido dos Trabalhadores se reune em Salvador na Bahia para mais um dos seus congressos. No desse ano, nada de novo será apresentado. O que se verá será mais do mesmo. A velha conversa de acabar com a exploração, parar os "coxinhas" nas suas tentativas de acabar com o partido do povo que "nunca antes na historia ...e "blablabla ".  Também, como podem apresentar algo novo se estão há 13 anos no poder e já não podem mais culpar o antecessor? Aliás, o PT cresceu e obteve reconhecimento publico só enquanto seguiu as regras do mercado e não mexeu na infraestrutra econômica implantada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Não reconhecem e jamais admitirão que as bases eram solidas e eficientes.
O que podem fazer, e estão fazendo, é tecer criticas, mornas no entanto, ao ajuste econômico do Joaquim Levy como se ele não fosse quadro do governo petista, filiado ou não. Além disso, podem apupar companheiros presos por corrupção e chamar-lhes de guerreiros, como fizeram para homenagear o ex-tesoureiro Joao Vaccari Neto. Mas isso é só para agradar os internos e arrancar palmas dos presentes. De outra maneira. a coisa toda  poderia parecer um velório.