sábado, 3 de janeiro de 2015

Dilma e o Discurso




O discurso de posse para o segundo mandato de Dilma Rousseff foi lastimável. Genérico o bastante para beirar o vazio, esgueirou-se em retórica para evitar tocar nos assuntos prementes da Nação. E quando minimamente o fez, foi para culpar os outros, como sempre. Petrobrás? Culpa dos "inimigos externos".  Educação péssima? Não ! A pátria é "educadora". Mesmo na área econômica  a presidente  frustou expectativas e não mencionou a nova equipe e seus desafios. Até porque isso seria reconhecer o grande fracasso da gestão passada. Dê-se o desconto que não era hora de falar das medidas impopulares que já estão em andamento, mas em momentos de crise uma liderança firme e realista sempre traz mais tranquilidade do que uma que insiste em negar os fatos. E nega com uma veemência absurda. Chegou ao ponto de declarar que a divida liquida havia diminuído, sem no entanto dizer que isso se deveu à manobra contábil. Mas o debito está lá: a divida bruta aumentou ... e consideravelmente.
Um outro ponto do discurso que causou constrangimento, pelo menos em mim, foi quando ela fez de novo o juramento de jamais mexer nas conquistas dos trabalhadores, dias depois de ter enxugado dezoito bilhões de reais desses próprios trabalhadores. E mais virá por aí. Já se sabe que a economia das contas publicas terá de ser da ordem de cem bilhões de dólares para ajustar os números.
Alguém acredita que isso será feito sem sacrifícios?
  

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